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Estudante da BYU amealha o ouro com o peso dos Mundiais nos ombros

Tradução João Grilo

 

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Kaija Bramwell ao centro celebra a sua vitória como medalha de ouro nos Mundiais Universitários de Halterofilismo no dia 23 de Setembro. (Kaija Bramwell)

A aluna da BYU Kaija Bramwell teve uma última oportunidade para lutar pelo seu lugar na equipa mundial júnior que participou na competição nacional sénior de halterofilismo em Abril de 2006. Depois de duas subidas de peso brutais e uma participação devastadora, ela estava exausta. Usando toda a energia que tinha, Bramwell levantou os pesos da melhor maneira possível mas ficou curto para qualificar-se para a equipa mundial nesse ano.

Este esforço obrigou Bramwell a trabalhar mais arduamente. A oposição tinha-se preparado para aumentar a fasquia e ajudar Bramwell alcançar os seus sonhos de competir no Campeonato Mundial Universitário.

Agora, dois anos e meio mais tarde, Bramwell foi a primeira medalha de ouro de 2018 a representar a equipa USA no Campeonato Universitário Mundial FISU 2018 realizado em Biala Podlaska, Polónia entre 20 e 23 de Setembro.

Depois da desoladora derrota dois anos antes, Bramwell decidiu fazer algumas mudanças no seu estilo competitivo. De acordo com Bramwell, isso incluiu ganhar a força e músculo necessários para subir a uma classe de peso acima.

“Eu estava presa numa rotina há algum tempo. Decidi subir de classe de peso, ficar saudável e forte,” disse Bramwell. “Eu tinha a visão na minha cabeça e foquei-me em subir como atleta um passo acima, ou melhor, a cada repetição.”

O pai de Bramwell, Eric Bramwell, foi uma grande influência durante a transição e os treinos. Kaija disse que o seu pai é a pessoa com mais influência na sua carreira de halterofilismo. Ele esteve em todas as competições e sempre encorajou-a a continuar a lutar.

O treinador de halterofilismo, Spencer Arnold tem acompanhado o progresso de Bramwell desde a sua juventude quando começou. Um ano atrás, ele começou a trabalhar com ela para ajudá-la a alcançar os seus objetivos como atleta.

“A sua melhor qualidade é a tenacidade que tem. Ela tem a capacidade de estar à altura para a ocasião. Ela é agressiva e focada. Eu admiro atletas como ela que às vezes tem de manter a calma em vez de explodir,” disse Arnold.

As the World Competition crept closer, Bramwell chose to go to Georgia and train full-time with her coach and team at the beginning of summer 2018. She was there for a few weeks getting as much personal coaching as possible in preparation for Worlds.
A rotina diária de Bramwell era mais preenchida que um atleta normal com os pesos, a escola e trabalho.

Á medida que os Mundiais se aproximam, Bramwell decidiu ir para Georgia e treinar a tempo inteiro com o seu treinador e equipa no início do verão de 2018. Ela esteve lá por algumas semanas a receber o máximo treino individual possível em preparação para os Mundiais.

Quando voltou a Georgia, Bramwell não parecia ser capaz de ficar quieta. Ela participou num estágio de verão e escolheu trabalhar durante as suas férias escolares planeando a sua agenda à volta das sessões de treino.

“Devido à falta de tempo, eu só consegui treinar uma vez por dia, 6 dias por semana. Antes eu treinava 6 dias por semana em que três desses dias eram sessões duplas,” disse Bramwell. “Uma vez que o semestre começou eu ia trabalhar, para as aulas, levantar pesos, de volta para o trabalho ou aulas, comer e dormir entre tudo isso.”

O assistente executivo do treinador de futebol americano da BYU Kalani Sitake, Meikel Reece que é também o diretor de Bramwell no seu emprego teve uma influência muito grande no seu crescimento. Bramwell disse que Reece é o seu “mentor para a vida.”

Reece sempre reparou no foco e determinação de Bramwell durante esse período de treinos.

“Por trabalhar no âmbito do futebol, estou habituado a ver estudantes a trabalhar em equipa motivando-se uns aos outros e prestando contas. Isso é fácil comparado ao que ela faz,” disse Reece. “Ela não falha um levantamento ou sessão de treinos por ser tão focada e determinada. Não está lá nenhum familiar ou treinador a puxar por ela.”

O conselho favorito que Bramwell mais prestou atenção enquanto se preparava para a Competição Mundial foi de Reece: “Sabe quem tu és e vive o momento.”

Bramwell estava em descrença no dia em que ganhou o ouro no Campeonato Mundial Universitário. Não somente chegou lá como também provou que era a melhor.

“Quando eu cheguei à Polónia, o meu corpo ainda ainda se sentia bem depois da viagem. A lista não foi anunciada até dois dias antes de eu competir, então durante todo o meu treinamento eu não tinha ideia qual era o meu ranking. Eu só estava concentrada no que tinha de fazer - levantar pesos,” disse Bramwell.

Bramwell tinha o objetivo de durante a competição fazer cada levantamento e confiar nos pesos que os treinadores decidiam. Deu certo.

“No momento em que estava de pé no pódio a ver a bandeira americana levantar percebi o que realmente tinha feito. Os sacrificios valeram a pena. Não somente fui medalhada como também me tornei uma campeã,” disse Bramwell. “Eu fiquei sem palavras tamanha a gratidão por aquilo que demorou a chegar ali. Eu sabia que tinha trabalhado para chegar ali mas estar ali de pé no pódio foi algo surreal.”

Arnold sabia que Bramwell tinha uma grande oportunidade e não ficou surpreendido pela sua vitória. “Ela fez por merecer cada momento. Nós sabíamos que ela tinha uma grande chance ao participar na competição e eu sabia que ela estava preparada para isso. Eu estava mesmo feliz por ela. Ela mereceu,” disse Arnold.

As qualificações para os Mundiais incluíam ficar em primeiro ou segundo lugares em cada peso específico nos Nacionais Universitários, ter menos de 25 anos e estar inscrito num curso universitário. De acordo com Bramwell, todos os atletas que competem fazem parte da mesma classe demográfica,

Mesmo depois da vitória, Bramwell ainda vê isto como somente um passo na direção correta e planeia fazer mais e melhores coisas com a modalidade.

“Qualificar-me e competir nos Mundiais sempre foi uma expectativa. O primeiro ano em que competi nesta modalidade foi para os Mundiais de Jovens. Desde aí fiz parte de várias equipas nacionais nas categorias Jovem, Júnior e agora Universitário. Este ano foi somente o passo seguinte,” disse Bramwell.

Arnold também vê os Jogos Olímpicos como o futuro de Bramwell.

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Kaija Bramwell no pódio para receber a sua medalha de ouro no Campeonato Universitário Mundial FISU 2018. (Kaija Bramwell)

“À medida que ela terminar a escola, ela terá várias escolhas para tomar mas certamente estará no topo dos atletas de Halterofilismo dos EUA. Eu tenho a expectativa que ela continuará a representar a equipa nacional, equipas mundial e Pan American com o potencial de ter uma oportunidade nos Olímpicos nos próximos 4 a 6 anos,” disse Arnold.

Bramwell disse que os seus objetivos pessoais são de “continuar a fortalecer-se, ficar mais eficiente e qualificar-se para equipas Seniores Internacionais.”

A sua jornada no halterofilismo pode não parar aqui, mas o retorno de Bramwell aos Mundiais foi um feito que ela nunca esquecerá.

“A última vez que competi internacionalmente foi uma desilusão. Desta vez eu pus mãos á obra para chegar onde cheguei e valeu a pena,” disse Bramwell. “Para mim, foi uma redenção.”