Acampamento de jovens da BYU encoraja meninas a participarem das áereas de exatas.

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Moças juntas na BYU juntas no campus da BYU para aprender sobre codificação e habilidades de pensamento computacional. (Mary Wall)

Os acampamentos dos jovens de ciências da BYU estão procurando minimizar a distância entre os números de homens e mulheres nas áreas de exatas (STEM = science, technology, engineering and math) ao atingir as estudantes do ensino infantil e fundamental.

“Essas meninas podem fazer o que elas quiserem fazer”, disse a mentora da Iniciativa Feminina de Ciência da Computação da BYU, Angela Jones.  Elas só precisam ter confiança  que elas podem fazê-lo.”

Na última semana, a BYU sediou o segundo acampamento anual do Girls Code. Quarenta meninas, entre 8 e 11 anos, participaram da semana de atividades designadas para desenvolver suas habilidades de pensamento computacional e ensiná-las os princípios da ciência da computação.

As atividades do acampamento incluíam artesanato de engenharia manual e quebra-cabeças, instrução de códigos individual, uma apresentação de estudantes de animação da BYU e uma oportunidade para todas as meninas compartilharem seus projetos com seus pais ao final da semana.

O Girls Code faz parte da iniciativa BYU Computer Science Women, um programa que visa recrutar, orientar e reter as estudantes de ciências da computação. A ciência da computação é um campo dominado pelos homens, por isso a iniciativa procura ajudar as mulheres a se imaginarem em carreiras de ciência da computação.

De acordo com Jones, é por isso que eles escolheram um grupo tão jovem para o acampamento do Girls Code. Nessa idade, “os estereótipos ainda não foram totalmente formados e sentimos que podemos influenciar essa idade muito bem “, disse Jones.

Os diretores da Girls Code trabalharam com o escritório do Title IX para garantir que o acampamento somente para meninas cumprisse os regulamentos da escola. A coordenadora do Title IX, Tiffany Turley, disse que elas foram aconselhadas pelo Conselho Geral e garantiriam acesso igual aos campos de codificação a todas as partes interessadas.

“Queremos ter certeza de que estamos oferecendo oportunidades iguais a todos os meninos e meninas e membros da comunidade”, disse Turley.

Outros acampamentos de jovens da BYU também se concentraram na introdução de meninas para as ciências. Chip Camp e Chem Camp – acampamentos de jovens que ensinam engenharia elétrica e química, respectivamente – ambos reservam vagas para estudantes do sexo feminino e sempre incentivam as meninas a participarem.

“Nós realmente queremos atrair muitas meninas, então especificamos que 50% das vagas são para meninas, 50% são para meninos”, disse o co-diretor do Chem Camp, Daniel Ess.

Participantes do Chem Camp faz experimentos no laboratório na BYU. (Rebecca Sansom)

Assim como o Girls Code, Chem Camp também viu a importância de introduzir meninas na comunidade científica ainda jovens. Ess disse que o número de garotas se inscrevendo para o Chem Camp diminui significativamente à medida que as garotas envelhecem.

“Estudantes do sexo feminino não estavam recebendo apoio suficiente naquele momento”, disse o professor de engenharia Aaron Hawkins. “A menos que elas tenham sido encorajadas e pensem, ‘Ok, isso é algo que eu posso fazer, é algo em que estou interessado’, então é muito improvável que elas o busquem no futuro”.

Jones também observou que é mais fácil para as garotas imaginarem a si mesmas no campo, se elas tiverem um modelo feminino para se inspirarem. Muitas mulheres de graduação em programas de exatas (STEM) se beneficiaram da orientação feminina. A co-diretora do Chip Camp e estudante de engenharia elétrica do segundo ano, Gracie Richens, disse que ela foi inspirada por sua mãe, que estudou engenharia e mais tarde se tornou médica.

“Eu já vi minha mãe e, as amigas dela, receberem prêmios nas Associações Médicas Americanas e estarem em conselhos em hospital”, disse Richens. “Elas eram os que estavam tomando decisões e fazendo mudanças, e eu queria ser como elas.”

Mads Reinhard, conselheira do Girls Code, disse que foi influenciada por uma companheira de missão que a encorajou a fazer um curso introdutório de informática. Enquanto está no curso, uma estudante de doutorado, ajudou-a com os deveres de casa e laboratórios.

“Eu não acho que poderia ter feito isso … sem qualquer apoio (de outras mulheres)”, disse Reinhard.

Richens disse que o objetivo final é ver todos os estudantes, moças e rapazes, se entusiasmarem com os assuntos de exatas (STEM) e buscarem educação e carreiras nesses campos. Ao construir o interesse em uma idade mais jovem, esses campos ajudam a trabalhar em direção a um futuro mais equitativo.

As garotas trazem uma “perspectiva única” para as áreas de exatas (STEM), acrescentou Richens. “Elas podem impactar o mesmo mundo que os meninos podem”.

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