Câmara anecoica provê estudantes com oportunidades de pesquisa

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Tradução e voz João Teles Grilo

O professor Tim Leishman descreveu a sensação de entrar numa câmara anecóica como algo semelhante a sair de casa num dia de inverno depois de uma tempestade severa, longe dos edifícios e outras pessoas. Parece que não existe nada e tudo está em silêncio.

O Centro de Ciências Eyring tem uma câmara anecóica no andar de baixo da cave onde os estudantes e os professores podem fazer pesquisa em sons e acústica. De acordo com a página de acústica da BYU, a câmara absorbe 99% do som, tornando-se no lugar ideal para realizar experiências e analisar informação.

A BYU é também a casa para o Grupo de Pesquisa Acústica (ARG), que tem a “maior instalação com base universitária de pesquisa de acústica e vibrações no lado ocidental,” de acordo com o Explore Sound Acoustical Program Directory.

O professor de física Brian Anderson é um membro da ARG que conduz experiências na câmara anecóica. Ele disse que o objetivo principal da câmara é de simplesmente gravar os sons que vem de uma fonte de som.

“Anecóico significa inexistência de eco, portanto é um quarto sem paredes, se me entendem. Por conseguinte, todas as paredes, o chão e o teto absorva pelo menos 99% do som,” disse Anderson. “O chão é absorvente, portanto é como se não houvesse chão.”

Como professor de física, Leishman especializa-se em acústica, focando-se especialmente em áudio, acústica arquitetônica e controlo de ruído ativo. Ele disse que a câmara é criada para providenciar um “campo silencioso” ou um campo sem repercussões. A câmara é principalmente usada pelos estudantes, professores e ARG.

O aluno de mestrado, Aaron Vaughn, realiza muita da sua pesquisa acústica na câmara anecóica. Ele e outros estudantes processam a informação retirada desde a câmara.

“Ao longo dos anos tem existido muitos projetos que sem a camara anecóica não poderiam ser realizados,” disse Vaughn.

Anderson disse que os físicos estão a tentar entender como o som é irradiado desde um objeto. Ele deu o exemplo da flauta e do fato que á medida que é tocado, o som pode sair através dos vários buracos de dentro do corpo do instrumento.

A camara anecóica da BYU é casa para vários projetos de pesquisa diferentes. De acordo com a página de internet da ARG, a sala tem as medidas 8.71 x 5.66 x 5.74 m e é “anecóica até aproximadamente 80 Hz.” (Foto Hannah Miner)

“Esse som feito pela flauta interfere consigo mesmo e cria um padrão de radiação de som complicado. A câmara anecóica permite-nos então medir o padrão de radiação e perceber como o som interfere consigo mesmo,” disse Anderson.

O aluno licenciado Brian Patchett está a trabalhar para produzir som de alta amplitude ao usar ambientes reverberantes. Deve estar numa localização sem eco para caracterizar e classificar as origens do som.

“Temos de entrar dentro do ambiente anecóico onde não existem interferências e tudo o que há é o som que vem do aparelho, independente do que seja,” disse Patchett.

É importante que os alunos estudem em campos aplicáveis onde tenham acesso a uma câmara anecóica devido á raridade do ambiente. Ele disse que o acesso á câmara anecóica no campus permite á BYU receber fundos e subsídios para fazer pesquisa.

“Provê os alunos com oportunidades para fazer pesquisa que é significativa num sentido que irá contribuir para as suas carreiras no futuro,” disse Patchett. “Realmente ajuda-os a entender o que estariam a fazer em grandes empresas e laboratórios nacionais.”

Traci Neilsen é uma professora adjunta que faz pesquisa acústica. Ela disse que parte do trabalho dos professores é encontrar oportunidades financiadas para dar aos alunos as melhores técnicas, contatos e possibilidade de fazer network.

Nielsen disse que é otimo para os estudantes terem a oportunidade de ver que há aprendizado para além dos livros quando eles são capazes de medir, escrever os códigos ou analisar a informação por eles mesmos. Ela disse que a câmara anecóica é um bom exemplo do aprendizado inspirador, experiencial e monitorado que acontece na BYU.

O aluno licenciado, Aaron Vaugh, mede as sondas de som na câmara anecóica. O ambiente silencioso da sala permite-lhe fazer a sua pesquisa dentro da câmara. (Foto por Hannah Miner)

“As pessoas em geral também precisam de entender o calibre da pesquisa que os alunos podem ser envolvidos na BYU.  É outro nível,” disse Nielsen.

O professor retirado, Scott Daniel, ocasionalmente faz visitas guiadas á câmara anecóica a grupos e outras organizações após marcação. Ele trabalhou na documentação dos instrumentos de eletrônica da câmara quando trabalhou no campus.

“Sem a câmara anecóica, o processo vai atrasar-se por muitos parâmetros que gostamos de saber e até depender, especialmente sem ruído,” disse Daniel.

Anderson disse que uma das melhores maneiras de os estudantes ganharem experiência com a câmara anecóica é fazer a classe PHSCS 167, Acústica Descritiva da Musica e Fala.

Os professores disseram que a classe faz parte do grupo de classes gerais que foca nos conceitos de acústica em vez de matemática. Isto permite aos alunos aprenderem sobre a física da audição humana, fala e instrumentos musicais.

“Os estudantes devem reconhecer que primeiramente é uma instalação de pesquisa e que queremos permite às pessoas visitar para que se crie um entusiasmo pela acústica. No entanto também temos queremos ter a certeza que essas experiências podem ser realizadas e que não temos de interrompê-las,” disse Anderson.

A câmara anecóica permite uma oportunidade única para os estudantes recolherem a informação que precisam para os projetos, de acordo com Anderson.

“Em termos de dar acesso aos alunos que fazem pesquisa, eu penso que aquilo que estamos a fazer aqui na BYU é simplesmente excepcional,” disse Leishman. “Ter uma câmara anecóica é algo especial para a BYU.”

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