Antiga aluna da BYU retribui com viagens

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Tradução e Voz Carolina Baldaia Costa

 

 

Antiga aluna da BYU, Kylie Chenn, é a fundadora e CEO da Acanela Expeditions em Lehi, Utah. (Kylie Chenn/Acanela Expeditions)

A antiga aluna da BYU e empreendedora, Kylie Chenn, adora viajar e aprender sobre as pessoas há sua volta. Durante a sua licenciatura em Gestão na BYU, Chenn passou tempo a estudar fora do país, o que a inspirou a fundar a Acanela Expeditions.

Como CEO da Acanela Expeditions, Chenn espera dar às pessoas a oportunidade de ver o que ela vê.

A Acanela Expeditions é uma agência de viagens, localizada em Los Angeles, Boston e Lehi. A Acanela trabalha com artesãos locais há volta do mundo para planear experiências turísticas. De acordo com o website da empresa, oferece expedições privadas e em grupo a mais de 80 países. Algumas das atividades oferecidas incluem explorações fotográficas, viagens culinárias, excursões culturais, viagens de comboio, experiências imersivas, e programas educacionais.

Embora Chenn note que haverá sempre viajantes “DIY” (fá-lo tu mesmo) que buscam personalizar as suas viagens, ela vê que o futuro da industria do turismo está a ficar direcionado para o modelo de negocio da Acanela.

“Vai continuar a haver um enorme publico para excursões, uma experiência que foi desenhada para viajantes para vivenciar tudo em apenas algumas semanas, e ao mesmo tempo terem um impacto positivo nas comunidades que visitam,” diz Chenn.

Chenn mudou-se para Los Angeles depois de se formar na BYU para construir a sua rede de contactos e influência na industria do turismo. Agora, aos 25, Chenn regressou a Utah Valley, onde dirige a Acanela do seu escritório em Lehi.

Chenn diz que a atmosfera em Utah Valley foi um fator motivador para mudar a Acanela para Lehi. Chenn diz que os talentos de faculdades e universidades locais como a BYU e UVU são vantagens para a sua empresa.

“Com uma empresa em pleno crescimento, estamos à procura de pessoas que possam desempenhar vários papeis. Temos lugares disponíveis, estágios com base na experiência e muitas pessoas que estagiam connosco eventualmente juntam-se ‘a equipa,” diz Chenn.

Algumas das viagens mais procuradas da Acanela incluem, um safari no Botswana, passeios turísticos ao Peru e visitas ao Taj Mahal. Chenn nota que muitos destes locais podem ter altos riscos para os viajantes. Ao planear uma excursão através da Acanela, os turistas podem explorar outras culturas com algum apoio extra.

Chenn diz que a Acanela concentra-se em dar aos turistas a oportunidade para explorar o mundo ao mesmo tempo que deixam um impacto positivo. Enquanto os clientes vivenciam uma cultura fresca e interessante, os artesãos designados recebem benefícios diretos. Este modelo é o que distingue a Acanela de outras empresas turísticas.

O modelo de negócio da Acanela foca a atenção em trabalhar com criativos que frequentemente são escolhidos pessoalmente por Chenn e pela sua equipa. Os artesãos são contratados para cada viagem e recebem o lucro pelo seu trabalho, segundo Chenn.

“Estamos a pagá-los bem para promoverem os seus serviços, e estamos sempre a tentar fortalecer os nossos artesãos,” diz Chenn. “A maneira como gostamos de trabalhar com os nossos artesãos é que estão na nossa equipa. Não são uma terceira identidade, fazem mesmo parte da organização.”

Chenn diz que embora os artesãos sejam convidados a trabalhar com a Acanela, não se espera que ajam como parceiros de negócio em exclusividade. Chenn diz que vê isto como uma maneira de ajudar os artesãos a construírem modelos de negocio sustentáveis e a promover autonomia e independência.

Embora os artesãos serem frequentemente escolhidos pessoalmente, Chenn diz que a Acanela recebe ofertas e propostas de artesãos prospetivos do mundo inteiro.

Um destes artesãos é Abdul, um guia da expedição da Acanela ao Monte Kilimanjaro na Tanzânia. “Quando conheci o Abdul, ele estava a trabalhar para outra empresa. Não ganhava o suficiente para sustentar a sua família, então tivemos que o ajudar a fazer crescer o seu negócio,” diz Chenn.

Na empresa anterior, Abdul recebia muito pouco e tinha que trabalhar longas horas, o que limitava o seu prazer no trabalho, diz Chenn. A Acanela abordou Abdul por causa das suas competências em saber liderar e em guiar expedições e propôs uma parceria.

“Ajudamo-lo a obter algum calçado, equipamento de campismo, e outro equipamento que ele precisava para começar o seu próprio negocio,” diz Chenn. “Nós também ajudamos a construir alguma infraestrutura que lhe permitiu, como um líder, selecionar as pessoas certas para a sua equipa.”

Hoje, Abdul tem a capacidade de contratar a sua aldeia inteira como guias e apoio graças ‘a assistência da Acanela em apontar o holofote para os seus serviços. Ao organizar excursões na área, Chenn e a Acanela dão aos viajantes a oportunidade de contribuir para a economia local.

Chenn diz que os artistas contratados pela Acanela são o que realmente faz a Acanela uma empresa única.

“Por que não usar uma experiência que vai ser linda para a pessoa como viajante e fazê-la igualmente linda para as pessoas talentosas na área em que vai viajar?” diz Chenn.

Graças ao rápido crescimento da Acanela, Chenn não se imagina a deixar a empresa tão cedo. No entanto, espera recuar das responsabilidades diárias para que outros colaboradores com ideias frescas possam contribuir para o crescimento da empresa.

O meu objetivo é construir a minha equipa e

formar outras pessoas para fazerem parte do que fazemos hoje, de forma a podermos continuar a ter um impacto positivo no mundo,” diz Chenn.

Embora muitas empresarias enfrentam desafios ou estão em desvantagem, Chenn diz que vê que o seu estatuto como empreendedora feminina como uma influencia positiva e uma vantagem. Ela diz que é entusiasmante ser empresaria, e ela oferece uma perspetiva diferente a uma área profissional tradicionalmente dominada por homens.

“Os homens e mulheres pensam de maneira diferente, e têm talentos e competências diferentes. Ter um melhor equilíbrio em termos de géneros é benéfico,” diz Chenn.

Chenn diz que não tem enfrentado quaisquer desafios profissionais ou obstáculos devidos ao seu género. Pelo contrario, ela sente que recebe mais apoio no seu papel como CEO de uma companhia em crescimento.

“Ser uma empresaria é diferente, interessante, e algo que vale a pena partilhar,” diz Chenn. “É uma mais-valia, e vou tirar o melhor proveito enquanto posso.”

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